Chega a Copa América e com ela vem uma adrenalina electrizante! Vem aí de facto uma das maiores competições de futebol, com grandes seleções e jogadores que integram a elite internacional.

A Copa América Centenário 2016 - assim apelidada por ser disputada no momento em que a competição celebra 100 anos – disputa-se nos Estados Unidos. Há 1 século, a primeira edição do torneio tinha sido organizada na Argentina e conquistado pelo Uruguai ao vencer a equipa da casa na final.

Favoritos da Copa América 2016

Este torneio é o mais antigo entre os torneios ainda em vigor, e na dita ocasião centenária, integra ainda os países da CONCACAF, isto para unir todo o continente americano numa competição que costuma restringir-se à América do Sul. Pois é organizada pela CONMEBOL. Neste edição inédita, haverá 12 equipas divididas em 4 grupos, que procurarão a tão ansiada consagração, um ano depois de ter visto o Chile coroado na Copa América de 2015.

Chile, atual campeão

O Chile conseguiu assim o prestigiado campeonato pela primeira vez, depois de vencer na final a Argentina, nos desempates por grandes penalidades (0-0 no tempo regulamentar). Dirigido por Jorge Sampaoli – que já não ocupa o cargo de selecionador – o Chile soube montar um estilo de jogo ofensivo e contundente, com boa circulação de bola e uma quantidade de variáveis considerável para gerar situações de perigo ante os rivais.

A equipa deu-se ao luxo de festejar frente ao seu público, já que foi anfitriã do torneio, acabando assim com a angustiante seca de títulos que atormentava os seus simpatizantes.

Hoje, o diretor técnico é Juan António Pizzi, e procurará chegar ao bicampeonato para prolongar o momento mais exitoso da história do futebol chileno.

Nas eliminatórias com vista ao Mundial de Rússia 2018, as suas atuações têm sido irregulares, alternando boas exibições com rendimentos pouco incentivadores.

Além disso, é um dos candidatos à conquista, revalidando assim o feito. Integra o grupo D, com Argentina, Panamá e Bolívia.

Argentina, pela gloria perdida

Argentina é outra das grandes potências mundiais (foi campeã do mundo em 1978 e 1986) que já não vence qualquer campeonato há alguns anos. O seu último título foi celebrado na Copa América 1993, depois de ter vencido o México na final por 2-1. É também o atual vice-campeão do mundo (derrotado na final do Mundial de 2014 por 1-0 pela Alemanha) e o atual vice-campeão da Copa América (final perdida contra o Chile nas grandes penalidades).

A albiceleste conta no seu plantel com o atual Bola de Ouro, Lionel Messi, e possui ainda vários jogadores que sao cabeças de cartaz nas suas equipas, como Mascherano, Agüero, Higuaìn e Di Marìa, entre outros.

Orientada por Gerardo Martino, a Argentina vai tentar a conquista do tão desejado troféu e tornar-se assim na equipa mais ganhadora do torneio, igualando o Uruguai com 15 conquistas.

Integra o grupo D, com Chile, Panamá e Bolívia.

Brasil, sempre favorito

Embora tenha vivido um dos momentos mais humilhantes da sua história futebolística, depois da pesada e devastadora derrota (1-7) contra a Alemanha no “seu” Mundial de futebol, o Brasil é sempre o Brasil e por alguma razão veste a pele de máximo Campeão do Mundo, um mítico pentacampeão que goza de um prestígio inigualável. Foi campeão do mundo em 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002 e tem ainda 8 Copas Américas (estando no terceiro lugar entre os vencedores do torneio, atrás de Argentina e Uruguai).

Se bem que a sua atualidade seja pouco positiva, a “canarinha” vai à procura de um título continental que não consegue desde a edição de Venezuela 2007, quando venceu então por 3 a 0 na final a Argentina dirigida por Alfio Basile. As prestações anteriores na Copa América foram negativas: a seleção brasileira foi eliminada duas vezes pelo Paraguai no desempate por grandes penalidades.

Nesta ocasião, integrará o grupo B, com Equador, Haiti e Peru.

Uruguai, rei da América

Uruguai é o máximo campeão da Copa América (15 títulos) e quer voltar às conquistas. A última consagração foi na recente edição Argentina 2011, quando venceu o Paraguai por 3-0 na final. Foi igualmente o primeiro campeão do subcontinente na famosa primeira edição de 1916 além de ser o primeiro campeão do mundo ao agarrar o primeiro troféu em 1930, num torneio que viveu também como anfitrião.

A celeste é sempre um rival terrível pela sua reconhecida “garra charrúa”, esse espírito combativo que o fez dono de épicas façanhas, como o conhecido “Maracanazo” de 1950, quando venceu na final o Brasil ante milhares de simpatizantes adversários. Uruguai conta também com bons jogadores e é mais um candidato. Integra o grupo C com México, Jamaica e Venezuela.

Colômbia e o sonho de consolidar o seu estilo

Já lá vão alguns anos que a seleção colombiana consegue grandes exibições, mas que na hora fatídica não consegue confirmar, nas diferentes competições em que entra em disputa.

Podemos considerar que nos últimos 25 anos, a Colômbia tenha conseguido instaurar um jogo muito sedutor e atrativo, pelo impulso de diferentes gerações de futebolistas que souberam dar à equipa uma identidade bem vistosa. Tudo começou na eliminatória do Mundial de 1994, quando os colombianos conseguiram um feito histórico: golearam a Argentina por 5-0 no Monumental, com brilhantes atuações de Valderrama, Asprilla e Rincon, entre outros. Mas essas “faíscas” excecionais nunca foram mais além nos momentos decisivos, como aconteceu nos últimos mundiais em que participou.

Os cafeteiros só puderam celebrar um título na edição de 2011 da Copa América, quando conseguiram derrotar a México na final por 1-0. A verdade é que a Colômbia sempre contou com bons jogadores, mas com poucos resultados. Veremos por isso se será desta que infirmará a tendência.

A Colômbia integra o grupo A com Estados Unidos, Costa Rica e Paraguai.

Estados Unidos a pressão do anfitrião

Os Estados Unidos organizam este campeonato continental de futebol pela primeira vez na sua história. Trata-se de facto uma das potências do mundo em vários aspetos, mas não pode destacar-se ainda no mundo do futebol internacionalmente. No âmbito desportivo, o seu sucesso passa por outras disciplinas.

Contudo, nos últimos anos o futebol estado-unidense alcançou uma evolução notável, com boas participações nos mundiais, equipas competitivas, isto além de ter recebido o mundial de 1994.

Os EUA participou na condição de convidados nas edições de 1993, 1995 e 2007, conseguindo como melhor performance um quarto lugar em Uruguai em 1995.

Estados Unidos estará no grupo A, junto com a Colombia, o Paraguai e a Costa Rica.

As grandes figuras do torneio

América costuma caracterizar-se como um dos continentes que, junto com Europa, fornece a grande parte das maiores figuras do futebol mundial. Nesta edição da Copa América Centenário 2016, estará presente o atual melhor jogador do mundo, Lionel Messi, detentor da Bola de Ouro (leva 5), e figura emblemática do Barcelona, multicampeão nestes últimos anos. O jogador tentará erguer o seu primeiro título oficial com a seleção Argentina, sendo que já obteve a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Beijin 2008, além de ter sido campeão do mundo na categoria de sub-20 em 2005.

Outro jogador enorme que marcara a presença na competição será Luís Suárez, goleador uruguaio, infalível dianteiro do Barcelona (também ele) de Luís Enrique.

Estarão ainda Alexis Sánchez (principal figura do Chile na última Copa América), James Rodriguez (brilhante jogador da Colômbia), Javier Hernández (figura da seleção mexicana), Felipe Caicedo (de extraordinário nível no futebol do Equador), Douglas Costa (figura do Brasil, que tentará fazer esquecer a ausência de Neymar com a sua grande técnica), Paolo Guerrero (a principal arma do Peru) y Nelson Haedo Valdez (a histórica figura do Paraguai).

contas feitas, vamos assistir a uma Copa América apaixonante e seguramente inesquecível. Quiçá teremos um novo vencedor. Veremos!